Casoy e os lixeiros
Sou contra qualquer tipo de perseguição quanto a questões de opinião, ainda que a dita-cuja seja preconceituosa. É o caso da ofensa de Boris Casoy aos lixeiros. Porém dois poréms:
Primeiro, como diria o inagualável Al Bundy, “só é trapaça quando você é pego”. Portanto, perdeu, playboy.
Segundo, adoro quando espirra a espuma da boca da elite branca raivosa e conservadora, os atos-falhos dos que defendem os elevadores de serviço, a queda da máscara dos cagadores de regra que não suportam ter um presidente sindicalista fazendo farofa com seu isoporzinho na praia. A esses, Zagallo: “Vão ter de me engolir”. Ou Maradona: “Chupem. Chupem todos”.
E o lado positivo: a democratização da informação. A internet tem promovido uma reação como — para ficar nas palavras do nosso farofeiro-mor (como está claro, sem nenhuma conotação pejorativa) — “nunca antes na história desse país”. Algo que não teria sido possível, em escala histórica, anteontem.
P.S.: Alguns textos legais sobre o episódio:
- Jaime Amparo-Alves no Brasil de Fato, traz a lembrança de referências (DaMatta, Chauí, PS Pinheiro) que mostram as raízes desse pensamento preconceituoso. Só não compro a ideia dos jornalistas como correia de transmissão dos patrões. A coisa está mais para uma auto-referência – em geral, não nos aliamos aos diferentes de nós nem os toleramos na mesma equipe.
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