segunda-feira, agosto 20, 2007

Sorteados para o curso na E.E. Ministro Costa Manso

Curso “Comunicar para Mudar o Mundo”
Lista de alunos selecionados

Os seguintes alunos foram sorteados para as 30 vagas do curso na E.E. Ministro Costa Manso. As aulas começam na 4ª feira dia 29 de agosto, 13h.
O ponto de encontro será a portaria da escola.

Um abraço e até lá! Prof. Rodrigo.

Nome do aluno
1 Aline Fagundes Santana
2 Alline Juscelino Silva
3 Amanda Maluly Furini
4 Ana Beatriz Pedroso do Santos
5 Ana Laura Rodrigues Mendes
6 Arianne de Matos Dias Gaia
7 Bárbara Rezende
8 Caroline Regina Santos Nascimento
9 Daiane Sabrina de Queiroz
10 Dionei Silva de Oliveira
11 Ester Fernandes Pereira
12 Gregory Waterkemper de Souza
13 Helton Allan Félix Pereira
14 Iascara Rodrigues Oliveira L.
15 Jéssica Aparecida Vicente Pereira
16 Jéssica Villaça Molina
17 José Fernando P. Félix
18 Juliana Sousa Ferreira
19 Lauro Timóteo Fernandes
20 Mainara C. Aderno
21 Mariana Melim de Souza
22 Natália dos Santos Silva
23 Paulo Jung Tsu Pu
24 Rodolpho de Araújo Rodrigues
25 Sabrina P. Souza
26 Tamires do Carmo Pereira
27 Tamires dos Santos Frazão
28 Tatiana C. dos Santos
29 Tatiane Araújo Silva
30 Tatiane Gonçalves Juquer

Curso “Comunicar para Mudar o Mundo”
Lista de espera

Os seguintes alunos ficam à espera de vagas remanescentes.
Se houver vagas, o professor entrará em contato por telefone até o dia 10 de setembro (antes da 2ª aula do curso).
A chamada se dará pela ordem numérica abaixo.

Lista de Espera (por ordem de chamada)

No Nome
1 Felipe Gonçalves de Jesus
2 Taís Lima Gomes da Silva
3 Daione Oliveira Nunes
4 Kelly Caroline Leal Rodrigues
5 Bruna do Nascimento Silva
6 Ricardo Anacleto Gonçalves
7 Karina G. Pires Irmandu
8 Francisca Katiane S. Silva
9 Maria Kelly
10 Maria Reylanne Oliveira de Macedo
11 Raíza Balthazar Moreira

segunda-feira, março 19, 2007

Para que serve o humor? (3 de 3)

perguntas e algumas respostas provisórias

Podemos fazer piadas preconceituosas?
Poder, podemos, sou contra qualquer tipo de patrulamentro ideológico. Mas acho importante a consciência de que esse é um gênero de humor meio covarde, que atira em alguns e que poupa outros. Sem contar que não leva à reflexão, pelo contrário – quer dizer, talbvez pelo contrário não estou bem certo de que isso pode acontecer, mas corre-se o risco de se perpetuar estereótipos e rótulos. Estamos dispostos a correr esse risco?

Qual deve ser a postura do humorista?
De humildade, sempre, e de respeito à vítima da troça, ainda que ela esteja sendo feita de ridículo. Nesse caso, o respeito se demonstra pela “autoridicularização” (palavra difícil e feia, acho que nem existe) do humorista, que está sempre abaixo, no máximo no mesmo nível, do objeto da piada.

Qual é o humor para os dias de hoje?
Considerando que o humor em seu nível máximo provoca o riso e a reflexão, é hilário e destruidor... Não sei. Talvez a câmera escondida e o falso documentário de Borat, talvez algo que ainda vá surgir. Com o perdão da frase caetânica, a única coisa certa é o incerto. Se há crise de modelos em todos os campos (político, econômico, social, cultural e tal e cousa e lousa e mariposa), por que seria diferente no campo humorístico?

Um complicador é que os inimigos a serem desnudados ainda não estão suficientemente claros. O poder, alvo histórico do humor, não tem mais uma cara definida: não é o rei do bufão, não é o político do chargista. Seriam talvez as corporações, as pseudo-celebridades, toda uma gama de valores representada pela sociedade de consumo? Como simultaneamente provocar o riso, chamar à reflexão e causar o choque que as denuncia? Quem é o representante do humor dessa nova época? Seriam os documentários de Michael Moore (são de uma seriedade engraçada, vai...)? O falso documentário de Borat? A câmera escondida do Pânico – vista, claro, em seus melhores momentos, de ridicularização das celebridades? E qual o paple do humor clássico nessa renovação? Eu, que dou risada de tudo, me sinto meio bobo encerrando o texto com tantas perguntas, mas sinto que é o máximo que dá para fazer enquanto não temos um cheiro melhor das respostas.

sexta-feira, março 16, 2007

Para que serve o humor? (2 de 3)

As funções do humor
A função mais específica do humor/comédia é propiciar um momento de felicidade às pessoas. Algo, diríamos com algum verniz erudito, “para amainar a faina do viver”. Humildemente, é o que tento fazer aqui na Mundo Estranho. Uma outra função, muito mais ambiciosa, é de que a comédia provoque algo mais que o riso – que ela mova um grão de areia, disse o Luiz Alberto de Abreu, que ela mude o mundo, digo eu. Se essa função fica reservada para os clássicos (hoje já tá suficientemente difícil fazer as pessoas rirem, que dira mudar o mundo), acho que ela ajuda a entender o alcance social da comédia: dizer verdades indizíveis por outras maneiras, fazer uma crítica ampla, geral e irrestrita da sociedade em que se insere.

O riso pelo preconceito
Nesse sentido, o humor dito “preconceituoso” (zoar negros, gays, português etc.) é um humor covarde – covarde porque demole, espezinha, rebaixa alguns enquanto poupa outros (brancos, héteros, não-portugueses etc.). O humor matador é o que destrói tudo e todos, sem preservar grupo ou classe social, revelando o ridículo da vida – justamente por isso, levando à reflexão sobre ela!

Para rir com sem rir de
O segredo do palhaço, explicou Hugo Possolo, dos ator e fundador dos Parlapatões, é estar no mesmo plano do espectador. Trata-se não de expor ao ridículo mas de compartilhar o ridículo. Caso contrário, o que a gente tem é humilhação (rir de) e não humor (rir com).

Borat X Pânico
Exemplo? Para mim, essa distinção fica clara na comparação Borat X Pânico. Ambos compartilham a mesma técnica da câmera “escondida”, da confrontação e do falso documentário, mas a atitude é bem diferente. Quando Borat expõe ao ridículo (e como expõe!), o mais ridículo ainda é o personagem limítrofe, folclórico e propositadamente preconceituoso criado pelo Sacha Baron Cohen. Talvez por isso a crítica que o filme transpira (da xenofobia ao feminismo, dos bons costumes ao humor domesticado) seja tão demolidora.

Pânico, ao contrário, escorrega quando provoca: no último domingo, me lembro dos caras entrevistando uma manicure superhumilde perguntando a ela por que ela não raspava o próprio bigode. Uma agressão gratuita que tá mais para regra do que exceção no programa – tanto que é quase impossível ver um quadro deles sem sentir aquela sensação de vergonha alheia pela vítima. Prejudicada pela humilhação, a crítica têm sua força diluída: opressores e críticos da opressão igualam-se apelando ao mesmo recurso.

quarta-feira, março 14, 2007

Para que serve o humor? (1 de 3)

Para que serve o humor? Na tentativa de responder a essa pergunta, o grupo teatral Parlapatões criou um ciclo de leituras de peças cômicas, chamado de Avesso da Comédia / Comédia do Avesso. A idéia é apresentar pequenas obras de dez autores consagrados (nomes e datas no fim do post), discutindo-os posteriormente com o autor e a platéia tentando responder à pergunta que inicia este texto: para que serve o humor? Fui ao encontro de abertura e achei imperdível.

O autor Luiz Alberto de Abreu trouxe três textos de humor a partir de três suportes diferentes: o humor no melodrama (exageros tipo Joseph Klimber), o humor na cultura popular (bebendo na fonte do grotesco, do exagero, do uso de palavrões etc.), o humor nonsense (Monty Phyton e quetais). Na leitura dramatizada por atores, ficou tudo bem engraçado.

Já gostei dessa primeira parte, fiquei prestando atenção nos recursos que o cara usou para fazer graça em cada um dos gêneros. Acho que as classificações em geral e, nesse caso específico, em gêneros dramáticos, ainda que sejam abstrações didáticas, ajudam a pôr ordem no caos, a ordenar melhor nossas idéias e, no exemplo específico do humor, criar textos mais engraçados (não acredito muito em texto intuitivo, nem os humorísticos). Mas o melhor veio depois, quando o autor Abreu e o ator dos Parlapatões Hugo Possolo conduziram o debate sobre humor.

Teorizar sobre humor? Por incrível que pareça, não foi nada patético, nada que lembrasse aquele quadro hilário da TV Pirata, o “Piada em Debate”. Discutiu-se, basicamente, a função da comédia e a crise da comédia atual – acho que isso tem validade, sim. Nos próximos posts, gostaria de dividir algumas idéias com vocês sobre isso. Por enquanto, a programação. Tudo grátis, é só chegar e assistir:

Março
12 Luís Alberto de Abreu
26 Noemi Marinho

Abril
9 Flávio de Souza
23 Jandira Martini

Maio
7 Naum Alves de Souza
21 Hugo Possolo

Junho
4 Mário Viana
18 Aimar Labaki

Julho
9 Mário Bortolotto
23 Juca de Oliveira

Espaço Parlapatões – Praça Roosevelt, 158. Sempre às segundas, 21h. Tel 3258-4449

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Carnaval na Sapucaí

[Aos meus dois leitores, perdão pelo off topic]

Jurados de carnaval são seres incompreensíveis. Alguns, pelo menos. Estive na Sapucaí nos dois dias de desfile, realizando um sonho de criança – quando pequeno, eu costumava comprar os discos dos sambas-enredo e anotar em planilhas as notas para todas as escolas. Talvez isso revele explique um pouco da minha esquisitice... Anyway, eu devo ter visto outro desfile. Eu e a torcida do Flamengo: escolas que conquistaram o público se deram mal na classificação final. Nem estou falando do surrado “ah, não tem critério que meça empolgação da torcida, samba no pé”. Os caras viajaram mesmo em critérios técnicos. Só isso explica as seguintes bizarrices:

Salgueiro Lindo carnaval old school, luxuoso, puta samba bacana. A melodia afro, puxada pelo Quinho, empolgou. Fantasias e alegorias, as mais bem acabadas de todas as escolas, perderam 0,6 ponto na apuração. O samba-enredo perdeu 0,3. Esses e outros décimos perdidos tiraram a escola do desfile das campeãs. Uma injustiça

Por outro lado, a Portela, com um samba chapa-branca sobre o Pan, tirou nota máxima no quesito. As alegorias e fantasias (previsíveis e mal acabadas) eram de longe as piores do desfile. Coisa de escola de samba de Sacramento (MG), como bem observou minha namorada. Tá certo, a águia perdeu 1,4 ponto em alegoria e 0,7 em fantasia. Mas foi pouco, acreditem – em um dos carros, os caras ficaram com preguiça de fazer acabamento na traseira e simplesmente imprimiram um megabanner da seleção de vôlei para disfarçar). Não me entendam mal que eu adoro a azul e branco de Osvaldo Cruz, mas faz tempo que a escola apela com esses enredos vendidos.

Paulo Barros, da Viradouro e ex-Tijuca, é gênio. Suas alegorias vivas perderam 0,9 ponto na Viradouro. A mesma tendência, seguida pela Tijuca, foi tungada em 0,6 ponto.

Aliás, taí duas escolas supersimpáticas, sem medo de ousar e de ser feliz. Que desfiles divertidos! Torço por ambas – mais pela Tijuca, na verdade, que não recebe ajuda da prefeitura como ocorre com a Viradouro em Niterói.

E o Império, ah... Nesses tempos de perfeição formal, o rebaixamento não chegou a ser injustiça – O Globo resumiu bem: “muito samba no pé e problemas técnicos”. Mas sua bateria, a “sinfonia do samba”, só não fez chover na avenida. Tanta bossa, tanta paradinha, coisa de arrepiar. E os componentes eram os mais aguerridos. Bom, dá para ver que essa é a minha escola de coração... Só espero que consiga passar pelo hipercompetitivo Grupo de Acesso, onde o filho chora e a mãe não ouve.

Em tempo: a vitória da Beija-Flor me pareceu justa. Irritantemente justa.

Aliás, já que ninguém perguntou, aí vai o meu Top 10 das escolas na Sapucaí. Fonte: minha subjetividade. Esclarecendo que não vi a Porto da Pedra, nem a Vila, nem a Beija:

1- Tijuca
2- Salgueiro
3- Viradouro
4- Mangueira
5- Império
6- Imperatriz
7- Mocidade
8- Grande Rio
9- Estácio
10- Portela

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

À Procura da Felicidade

Não a nossa, mas a do filme estrelado por Will Smith. Assisti nesse fim de semana e não consegui deixar de pensar como o personagem vivido pelo Smith (história baseada em fatos reais, o que torna, pelo menos em tese, as coisas ainda mais dramáticas) nâo consegue se comunicar. Comunicar, aqui, no sentido freireano de "pôr-se no lugar do outro".

Resuminho para quem não tem idéia do que estou falando: Chris Gardner (Smith) leva uma vida cheia de privações, ganha pouco como vendedor, investiu no produto errado. Mas é inteligente e aposta em um período de seis meses como estagiário não remunerado de uma corretora na bolsa. Aprovado,(um entre 20 o são), há promessa de tranqulidade financeira. Até que isso aconteça, o cara passa por (como é que se diz mesmo?) poucas e boas...

Despejado, preso, abandonado pela mulher e com um filho de seis anos para sustentar, chega a dormir em banheiros do metrô, faz fila para lutar com os sem-teto por uma vaga no albergue de Glide. Pois bem: nem assim, com os dois pés enfiados na merda, o cara consegue se abrir, se fazer entender, conseguir empatia de quem quer que seja. Tá, eu sei que a história é sobre alguém que consegui superar todas as adversidades – Senhor, não remova a montanha, me dê forças para subi-la, diz o canto gospel no culto do albergue. Mas, como disse, não consegui deixar de pensar que o cara não consegui comungar com ninguém da sua dor. Como resultado, sofreu muito mais do que deveria, e amargou talvez a pior sensação humana: a solidão.

"Companheiro, tô precisando da sua força. Você me ajuda?" Nunca esqueci essa frase da Erundina, pedindo voto em uma campanha para prefeito em 1998 (talvez por isso eu continue votando nela mesmo depois dela se atucanar). Que digam que isso é hipocrisia da parte dela (ou da minha), mas para mim isso é comunicar: é se revelar por inteiro, é pedir que o outro sofra com você, sorria com você, ponha-se no seu lugar.

No filme, Gardner prefere enfrentar tudo sozinho. Acho desnecessário. Que digam que isso é ingenuidade, mas acho que o mundo nos socorre, por pior que estejamos (a quem discorda, sugiro que conheça o trabalho do padre Júlio Lancelotti e da Toca de Assis com o povo da rua). Usemos a comunicação-comunhão para a procura da felicidade. A cada queda, invoquemos com humildade e confiança o mantra infalível:

"Me ajuda."

E alguém virá em seu socorro.

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

De volta

Queridos amigos, voltei! Um mês após o prazo prometido, tamos aí, pro que der e vier. Confesso que as atualizações não serão assim tão atuais – mestrado, trabalho, projeto de um site encomendado pela chefia e uma tentativa de emplacar uma revista aqui na editora estão consumindo bastante do meu tempo. Mas prometo tentar satisfazer meus dois leitores com pelo menos um par de post por semana. A conferir!