quinta-feira, outubro 19, 2006

O que faz da escola, escola

Cumprindo (às vezes mal) suas funções clássicas de formar, informar e entreter, a mídia pode "roubar" o lugar que é (ou foi) da escola?
Não. Para o professor da ECA Adilson Citelli, autor de Comunicação e Educação, a escola é escola porque é nela que a informação, a formação e o entretenimento são (ou deveriam ser) questionados e objeto de reflexão, para posteriormente serem aceitos, rejeitados ou modificados num processo que leva tempo:
"A escola continuará sendo escola, portanto locus de sistematização e, sobretudo, produção de saber. A 'leitura' dos sistemas de comunicação, no seu compósito de produção, circulação e, sobretudo, recepção, deve estar integrada aos fluxos crítico-dialógicos dos demais discursos com os quais a escola trabalha" (p. 16-17)
O mesmo assunto, com o mesmo autor, em outro livro, Aprender e Ensinar com Textos Não Escolares:
"A sedução exercida pelos consoles de videogame, pela sintaxe descontínua da MTV, pelos fragmentos publicitários não podem colidir com o necessário trabalho sistematizador que envolve procedimentos de proposição, desenvolvimento/maturidade, síntese/conclusão. Ou seja, de processos laboriais e de investigação que requisitam um tempo de plantio, florescimento e colheita. E aqui ainda existem ações a serem desenvolvidas pela escola que, felizmente, ainda não desapareceram." (p. 26-27)
Bom dia!

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